4.1.10

2010

Só pra dizer que dá muito sono o ano voltar assim (ao trabalho).

Mas as perspectivas parecem boas se relevarmos esse aspecto exaustivo laborativo e blablaba;
Ora amor, ora ódio, não sei direito. A raivosidade inanimada, era assim que parecia aos domingos. Costumava ao menos assim se reportar àquele que um dia havia ido – dizendo voltaria – mas qual! Um nada. Qual nada. Era sono quase tempo inteiro, cansaço que não findava, um dormedorme que não cessa nunca, nem com o despertar.

Cansada um tanto de esperar, e outro de desespero, o fingimento era a única opção. Parecia-lhe, como de fato era, que o fingir lhe dava uma infinidade de tons que nunca alcançaria sozinha. Podia isso, aquilo e aquele outro, de tal e qual jeito, e ninguém nunca saberia - nem ele, quando voltasse.

Passava assim as noites, sobretudo as noites, esperando sem esperar que o tempo deixasse de ser tempo com o barulho das asas que queria ter.