Encontrei a velha carta escondida. Mal escondida, decerto, que lembro tê-la escondido pra ser ele a achar, quando voltasse...Não voltou.
Longos minutos olhando, sem ter coragem, melhor nem ler. Não leio.
Faço pior: pego o telefone.
Ligo?
ô,babe, faça isso não, vai doer.
e escondo de novo, até o silêncio das cartas manchadas,
marcadas,
cindidas,
direi sim quando for a hora.
Agora?
O destino brinca, senhores, mas hoje ele não me pega.
9.12.07
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Um comentário:
É muito difícil diferenciar autor e personagem quando tu escreve. Não me convence que existe uma ficção nunca.
Era tão boa minha vida anônima...
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