6.1.07

Fe-li-ci-da-de.

música: Todas elas juntas num só ser.


E o que eu vejo é a tua voz. Os teus olhos pequenos, escuros, escusados de toda a verdade que poderia haver em um minuto. E todos os minutos minuciosamente percebidos na ponta dos dedos e nas arestas dos sorrisos, arestas que vou aparar com todo cuidado, pegando tuas próprias mãos e dizendo apare. Espere, ainda é cedo, não vá ainda, vem comigo.
O vestido vermelho da saudade que em ti cairia tão bem. Nas tuas mãos pequenas as grandes verdades dos últimos tempos, revelando futuro presente e passado – nessa e em outras ordens - , nos teus olhos escuros os segredos inteiros do mundo.
Conta-me, aos domingos, qual a música vais querer ouvir. E quando eu não souber cantar, vou pedir que me cantes, que quando cantares, tudo há de vir outra e outra e outra vez. então saberei de tudo.
E quem quereria saber de tudo, a teu lado?
Deixa eu te dizer, amor inteiro, que não fui eu que escrevi esse vestido, foi ele que me escreveu. Desenhou-me cada traço em teus espaços, teus silêncios e destino. Um desatino só, essa voz que me perturba e me acalma, tão assim na mesma hora que nem sei dizer o quê.
O que é que em ti me mata, o que é que em ti me eleva. Toda a poesia que podia haver num só segundo,
O samba completamente revelado,
Entre uma e outra verdade repetida

Tão repleta em ti, confesso, a minha vida.

~

3 comentários:

Anônimo disse...

Caramba.

bruno reis disse...

:)

eu não disse, eu não disse... porque queria que fosse surpresa, ora! ehehhe

=****

e que bom que cê associou o Ressoa com Pessoa, às vezes acho que só eu viajo tanto assim, eheheh

=***

Unknown disse...

é uma felicidade plena...
que bom. ;D