percebeu que faltava alguma coisa nas coisas.
Não sabia exatamente o nome a dar,
Que talvez fosse nome o que faltasse.
Faltou-se conceito, começo e meio
E não queria findar-se.
Entre a cruz e a espada, deu ao mundo a face ao dizer
Afinal, que posso dar-me?
Não sabia que dar ao mundo, mas que faltava uma coisa nas coisas,
Faltava.
Meteu-se no meio do mar, do céu, de si, das coisas
Procurando a faltante outra, o que era em si contrasenso
Procurar entre as coisas mesmas a ausência de alguma coisa,
Que bendita coisa seria não tinha idéia nenhuma.
Sem idéias, uma certeza somente:
Aquela da coisa ausente, nalgum lugar escondida
Esperando pelo momento de dizer “sou!”
Ou dizer quem sabe coisa nenhuma, ficar calada
Como ficara o tempo inteiro omitida
Escondida, a danada.
Percebeu que faltava algo quando andava no meio da rua
Nua sem vestido a rua, aquela mesma
Por que passava todos os dias, aquela rua ia ficando
Opaca, cinzenta, pequena
Menor, menorzinha, assim diminuindo o caminho
E ela todo dia pegando atalho:
Hoje, se falho, pego outro.
E assim ia.
Tudo diminuindo, que alguma coisa faltava, mas que diabo era.
Jogou-se dali ao mundo, buscar razão, achar raízes.
Um dia ia ter de voltar, trazer a coisa faltante ao centro da sua rua
Que outrora sem, hoje andaria vestida,
Nada nada escondida, porque ela teria trazido,
Nas mãos recente raízes, a faltante coisinha fugida.
(to be continued, ao som dum trip hop muuuuuuito bom.
reggae jazz trip hop, isso lá é nome de banda? pois ouçam, que... respeite,viu~
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26.11.06
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Um comentário:
ahhh, ótimo texto.
me lembra aquela coisa de "foi quando esqueci de me achar que me encontrei"
mas vai saber né. odeio quando faltam coisas. ¬¬
ótimo, ótimo, achei lindo! :~
:*
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