27.12.06

as respostas.

~.

Desejo nas folhas das árvores do meu íntimo. Do meu átimo. Do meu sempre. E é em segredo que eu guardo a verdade declarada, terá passado uma semana, um mês, um ano? É engano, meu amigo, não sei mais, e agora pronde vou. Lugar nenhum, querida, fique onde está, desejo súbito na ponta dos dedos.
Na boca dizendo agora. Nos lábios sorrindo um tanto, aquele encanto imenso, enquanto isso correm os rios, e você permanece enlouquecendo. A agradável loucura do agora, as farpas lançadas, convites implícitos, inícios de um tempo que você já nem nomeia. Mas você faria. Não faria?
Daria o nome. Faria a pergunta. Alias você faria tudo e faria nada, madrugada alta e dia nascendo. Você permanece no seu violão, aquele pensamento reticente, aquela mesma agonia agradável, como era que dizia o poeta? por um desespero agradável.

Você é essa imensa verdade. E vai se perguntar?
Meu nome é aquele que você quiser dizer.

2 comentários:

Anônimo disse...

O que seriam "desejos súbitos na ponta dos dedos"?
Ah, você sabe que eu adoro suas metáforas, vai.

=*

Anônimo disse...

Então, eu estou cheia de desejos súbitos na ponta dos dedos.

=**