20.12.06

Né não, bluebird?

...


O teu poema não vai rimar na primeira estrofe
Vou te privar dos refrãos
Talvez não tivesse nem verso
Mas havia de ter tua música.

E tua alegria guardada
Aqui exposta, escancarada
Que nem no sorriso
Tão bonito, tão tanto
Que agora mostras.

Seria mais simples que dizer te amo
E menos besta que dizer casemos
E bem maior que calar,
Que em si mesmo já tão grande.

Será um quadro de várias cores
Um brinquedo de criança
Uma noite virada
Uma chuva amanhecendo
Seremos nós e isso será tudo

E quando éramos antes
Sobre sermos agora
E seremos em futuro:
Tudo isso são detalhes

Detalhados estaremos conforme andarmos querendo
Os verso tudo do tamanho que quisermos
Os dias todos com os nomes que tu deres
As verdades vão ser desnecessárias
Tudo tão repleto de repletos

Ninguém vai ter que dizer nada
E, mesmo no silêncio, mil e uma portas:
O tempo será na hora em que formos
A casa infinita de nós

Seremos três, como disse a fada
E um eu doutro tempo
Um eu que já te havia
Todos os começos foram sempre começados
E cantados.


Ademais, quer saber da verdade do mundo?

Voar é estarmos exatamente aqui.


(e pronto)

4 comentários:

Anônimo disse...

"Tudo tão repleto de repletos"
Esta poesia está exatamente assim.
=*

Anônimo disse...

carta lida =)

Anônimo disse...

"uma chuva amanhecendo
seremos nós"

sereno nós :)

Thalita Castello Branco Fontenele disse...

Agora entendi o seu "eita-mento" \o/

Aqui, passarinhos cantarolam do começo ao fim. Mas, sobretudo, no fim.

=D
=*