15.12.06

Carta IX.



E que seria se ninguém dissesse nada. Desenho as letras porque sinto de ve ras a música, também porque re-visito antigos quartos ou futuros fatos, sou eu. Quis dizer fica, mas que direito. Ademais, ouvi que. Não, nunca, medo algum, justamente aí uma injustiça, não ouviu? Sou eu.
Você não vê os próprios olhos ao dizer; os seus, vejo eu, nem reluto em dizer que não vejo neles pedido algum que não seja. Quer que fique e quer ficar. Não? Pois explique esses seus olhos.
E essa quase-lágrima.
Receio que, mesmo que pedisse, porque é tarde, eu não ficava mais. Não é disso, não é disso que queria falar, sinto que me perco por ruas que eu construí. Esquece, então, ouvir-me não deve ser o melhor.
Mas, antes que vá, faça-se um favor:
se procure em um espelho e veja seus olhos.

Não fui eu que me traí.



um até,
S.


~

3 comentários:

bruno reis disse...

:) adoro suas cartas

essa ainda não é a pro conto de baixo n, né?

ou a sanidade é uma pessoa e ele abdicou dela? =o

Gaby Zaupa disse...

acho tão legal seu jeito de escrever! parecem tanto com a continuação de um pensamento seu, puro e só.

e eu acho que não ficaria, tbm.
:]

Anônimo disse...

nem foi pro free hugs! :~