28.12.06

Declaração de fim de ano [2]

Escrevi num contrato que estava escrito que assim seria. E rasguei o contrato onde dizia que eu não poderia rasgá-lo – e nem foi de maldade. Porque mudaram as condições e, apesar de serem as mesmas, mudei por aqui, por dentro.
E nem importa se eu sou Fernando, Ana ou eu mesmo ou mesma. O contrato que dizia que interpretações eram permitidas acabou de acabar.
A dimensão do real é exatamente aquela do tempo em que ocorrem as coisas: o real é aquilo que existe. E não me venha perguntar o que existe, o que existe?
O que existe vai bem aqui. Você vê? Vejo eu.
Não é um tapa, é um sorriso. Esse é o real. Porque têm sido muito boas as coisas e admito sempre a possibilidade de melhorarem.
E por quê?

Porque o perfeito não me interessa. O imutável não me apetece. Sou aquela música da Gal que fala do amor da cabeça aos pés e prefiro escapar à da metamorfose ambulante, porque te ouvi cantando que os dias e as noites continuariam sendo.
E continuam.

Eis um agradecimento, daquelas paixões secretamente declaradas, um agradecer tácito, sem nomes, mas um sorriso imenso. A quem? A quem estiver sorrindo lendo isso sabendo que pra si.

Uma boa virada de ano pros sorrisos de todo mundo,
Ando mesmo prometendo um melhor ano. Sabem?

Guardados desde já os segredos,
Respeitados desde já as rescisões,

Estou, graças aos deuses, a morrer de amores.
Que dia bonito~



Ps: aos que ficam – até a volta o/
Aos que vamos: vamos mesmo, hein =)

4 comentários:

Henrique disse...

e nas clausulas do contrato
havia aquela que dizia que a vida era boa?

Anônimo disse...

e eu sorri e me vi e ai de você se não me tiver. mas sem preocupações, eu me adono mesmo. disso tudo que é você.

vá mesmo e volte mesmo. que eu espero =+

Anônimo disse...

Sim, vamos morrer de amores no ano que vem!

Brindemos à nossa maldição poética.

Elenita Rodrigues disse...

Sorrindo... MUITO. E ouvindo sabe o quê? "Vambora".

Adorei seu texto. Vou roubar a inspiração. =)

Um grande beijo.