28.12.06

Sobre o mar.

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Diria Carlos que o mar é grande e cabe. Ou o amor é grande e cabe. E ele tinha razão no que dizia? Pois não tivesse razão e só tivesse sentido, ainda assim eu citaria. E duas coisas veio o mar dizer, por meio dum barco e duma carta em garrafa (sempre quis uma carta de verdade numa garrafa, fictícias foram várias).
Beba, esvazie a garrafa e ache a carta. A primeira coisa que dizem as linhas é que o mar pode serenar, em verdade pode dar um jeito nos supostos exageros. (mas terá o céu mudado de idéia sobre o que gosta?) Pode brincar de primeiro plano e não olhar mais pras estrelas. O mar, esse que começa várias nomes, esse que começa vários vôos, esse que dá na beira da praia,
Esse mar que disse uma vez uma fada e o francês que, na verdade, é A mar. La mere. A mar. E a segunda coisa que o mar veio dizer por meio da carta é que é verdade. Gravadas as duas mensagens no fundo da garrafa, o mar que levava a carta era o mesmo que a redigia. Aliás redigia nada: citava, ao longo da música.
E que música, você me pergunta?
Aquela exata em que toca.

E tocar vai ser sempre um grande mistério sobre-humano mesmo,

O mar diz tenho dito e não sabe se disse nada: continua sendo onda e indo até à praia.

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(hoje)

3 comentários:

Unknown disse...

Oi, gostei do teu blog! muito bom! te vi na comunidade do capuan e resolvi dá uma passada no teu blog, aliás, eu também gosto de escrever alguns pensamentos:

www.portrasdacortina.blogspot.com/

Lara disse...

e no mar povcê é ilha. cercada e submersa?

mar...ilha...

bruno reis disse...

marílha \o

muito esperto, ehehe

gostei particularmente do final, muito bom.