5.12.06

de uma noite dessas.

.

- Say jazz
E tudo estará explicado.
(silêncio)

-.Mas e quando eu não souber dizer?
-.Aí então vais inventar-me.
- Conforme queira?
- Contanto possas.
- E me duvidas?
(sorriso)

- Não é bem que te duvide, entende, é apenas que...
- Pois escuto.
- Apenas que... que não te sei.
- E quereria?
- Say jazz
(silêncio)

- ainda te pergunto como é que vai ser quando acordarmos
- e eu ainda te digo que tu perguntas demais
- acaso não te preocupas?
- Acaso quem sabe ame, que por ora me tem bastado.
(...)

- Lisonjeiro a mais não poder, mas permaneço sem saber o que... enfim, quando eu não souber dizer.
- Aí então diga nada, permaneça sem nada saber, aqui deitado em meu colo, não é bem ótimo?
- E tu com as ironias,
- Que ironias?
(silêncio)

- e lá vamos brigar de novo?
- Brigamos nunca, dizemos nunca, ficamos sempre é nisso de jazz
- Tão fácil de entender
- Quando alguém inventar de explicar
- queres então que te explique?
- Pensei fosse simples, tão claro eu era em pedir...
- Pois peça
- Me explica

(...)

- Say jazz....
- E tudo estará explicado
- Já andou aprendendo?
(sorriso)

Porque fomos blues ontem à noite, e acordamos sem nada saber.

- era como eu te dizia.
- E como é que dizias mesmo?

(...)

2 comentários:

Raiça Bomfim disse...

Quase escutei o tom das vozes, e dos risos à meia luz alaranjada...

Gaby Zaupa disse...

adoro esses diálogos íntimos, essas coisinhas singelas que existem entre duas pessoas, que trazem a beleza de ser duas pessoas..

e sim, num pense NUNCA que seus comentários grandes são ruins, eu os adoro. sempre bom saber que alguém perdido pelo mundo lê aquilo alí. :~

:**